23Jesus estava passando por uns campos de trigo, em dia de sábado. Seus discípulos começaram a arrancar espigas, enquanto caminhavam. 24Então os fariseus disseram a Jesus: "Olha! Por que eles fazem em dia de sábado o que não é permitido?" 25Jesus lhes disse: "Por acaso, nunca lestes o que Davi e seus companheiros fizeram quando passaram necessidade e tiveram fome? 26Como ele entrou na casa de Deus, no tempo em que Abiatar era sumo sacerdote, comeu os pães oferecidos a Deus, e os deu também aos seus companheiros? No entanto, só aos sacerdotes é permitido comer esses pães". 27E acrescentou: "O sábado foi feito para o homem, e não o homem para o sábado. 28Portanto, o Filho do Homem é senhor também do sábado".
Comentário ao Evangelho Papa Bento XVI Exortação apostólica Sacramentum caritatis, 74 (trad. DC 2377, p. 333 © Libreria Editrice Vaticana)
«O sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado» É particularmente urgente no nosso tempo lembrar que o dia do Senhor é também o dia de repouso do trabalho. Desejamos vivamente que isto mesmo seja reconhecido também pela sociedade civil, de modo que se possa ficar livre das obrigações laborais sem ser penalizado por isso. De fato, os cristãos não sem relação com o significado do sábado na tradição hebraica viram no dia do Senhor também o dia de repouso da fadiga cotidiana. Isto possui um significado bem preciso, ou seja, constitui uma relativização do trabalho, que tem por finalidade o homem: o trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho. É fácil intuir a tutela que isto oferece ao próprio homem, ficando assim emancipado duma possível forma de escravidão. Como já tive ocasião de afirmar, «o trabalho reveste uma importância primária para a realização do homem e o progresso da sociedade; por isso torna-se necessário que aquele seja sempre organizado e realizado no pleno respeito da dignidade humana e ao serviço do bem comum. Ao mesmo tempo, é indispensável que o homem não se deixe escravizar pelo trabalho, que não o idolatre pretendendo achar nele o sentido último e definitivo da vida». É no dia consagrado a Deus que o homem compreende o sentido da sua existência e também do trabalho.
Fonte: www.evangelhoquotidiano.org
Ladrões pobres morrem ao furtar Maria José Miranda Pereira, Promotora de Justiça do Distrito Federal (Correio Braziliense) O título acima é propositadamente cômico. Imagine que abaixo dele houvesse um artigo desse conceituado jornal lamentando que a morte atinja sobretudo os ladrões menos abastados, vez que os de sofisticadas quadrilhas, a exemplo dos navalheiros, mensaleiros, sempre conseguem escapar da condenação criminal. Com a liberdade que a Justiça tão agilmente lhes concede, podem usufruir a fortuna surrupiada e destruir provas do crime. Imagine ainda que houvesse estatísticas de quantos ladrões pobres morrem por roubar em "condições inseguras". E, chegando ao cúmulo, imagine que o articulista propusesse a legalização do furto como solução para promover a isonomia entre ricos e pobres, e para acabar com a injusta morte dos larápios menos favorecidos. Seria total absurdo. Mas não é menos absurdo do que artigos e reportagens que temos lido nessa feroz campanha para legalização do aborto. Um deles com o título "Mulheres pobres morrem ao abortar", em vez de propor que as mulheres, ricas ou pobres, deixem de abortar para deixar de morrer (como seria normal propor aos ladrões que deixassem de furtar para evitar risco de morte), propõe que as mulheres tenham o direito de exterminar seus filhos "em condições seguras". E lamenta que a morte atinja sobretudo as gestantes pobres, uma vez que as ricas podem cometer esse crime em "clínicas particulares", que oferecem "melhor atendimento". Em nenhum momento o articulista se refere à vítima do aborto, o bebê, que é sempre morto, não só quando o aborto é praticado em "clínicas clandestinas" e com "métodos caseiros", mas também quando é feito em sofisticados ambientes dotados de potentes máquinas de aspiração e de afiadas curetas para esquartejamento. O texto refere-se a dados publicados pela maior rede privada de abortos do mundo, a IPPF, conhecida pelo cognome "A multinacional da morte", com filiais em 180 países (no Brasil, com o nome de Bemfam). A nefanda organização, segundo o artigo, publicou relatório intitulado "Morte e negação: abortamento inseguro e pobreza". Além de todas as falácias denunciadas, o documento prima por fraudar dados e manipular informações, como é praxe no meio abortista. Baseando-se em uma bola de cristal, "estima-se" que, no Brasil, sejam realizados 1,4 milhão de abortos e "calcula-se" que 31% das gravidezes terminam em abortamento. Esses dados, baseados na mais científica chutometria, podem ser mudados de acordo com a conveniência do panfletador. Em 1990, um jornal do Rio de Janeiro dizia que, segundo a ONU, o Brasil era recordista mundial de abortos, com uma taxa anual de 3 milhões. Afinal, são 3 milhões ou 1,4 milhão? Ou seriam 100 mil? Talvez 10 mil? A dra. Zilda Arns, coordenadora da Pastoral da Criança, assustada com a quantidade de abortos que se diziam praticar no Brasil "segundo pesquisas da ONU", foi consultar a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS, repartição regional da OMS) e recebeu a seguinte resposta em 1993: "Lamentavelmente, não é a primeira vez que, levianamente, se toma o nome da Organização Mundial de Saúde e/ou da Organização Pan-Americana de Saúde para dar informações que não emanam dessas instituições". Quanto às mortes maternas, faltou ao documento honestidade para dizer que seu número permanece estável ao longo dos anos em nosso país: 1.577 mortes em 2001, 1.655 em 2002, 1.584 em 2003 e 1.641 em 2004. Desse número, a quantidade de mortes maternas em gravidez que terminou em aborto nunca passou de 200. Seu ponto máximo foi 163 mortes, em 1997. Em 2001, 148 mortes; em 2002, 115 mortes; em 2003, 152; em 2004, 156. Detalhe importante: essa cifra engloba não só a morte materna devida a abortos provocados, mas também gravidez ectópica, mola hidatiforme, outros produtos anormais da concepção, aborto espontâneo, aborto não especificado, outros tipos de aborto e falhas na tentativa de aborto. Com uma gama tão abrangente, a cifra não chega a duas centenas, para tristeza dos abortistas (dados disponíveis na página do Departamento de Informação e Informática do SUS — Datasus). No entanto, é possível também reduzir a zero esse baixo índice de mortes maternas por aborto. O caminho é exatamente o contrário ao proposto pela "multinacional da morte": combater a lucrativa indústria do aborto, punir os aborteiros, fazer campanha de valorização da maternidade e da vida intra-uterina, dar assistência material e moral às gestantes em desespero e aos seus filhos nascituros. É lamentável que governo e IPPF estejam unidos e usando os meios de comunicação social com argumentos falaciosos e falsas estatísticas para impor à população brasileira a aceitação do mais covarde de todos os assassinatos. Maria José Miranda Pereira, Promotora de Justiça do Distrito Federal (Correio Braziliense) - "Ladrões pobres morrem ao furtar" http://www.montfort.org.br/index.php?secao=veritas&subsecao=vida&artigo=ladroes_pobres_morrem〈=bra
Segunda-Feira, 21 de janeiro de 2008 Santa Inês Evangelho (Marcos 2,18-22) Naquele tempo, 18os discípulos de João Batista e os fariseus estavam jejuando. Então, vieram dizer a Jesus: "Por que os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuam, e os teus discípulos não jejuam?" 19Jesus respondeu: "Os convidados de um casamento poderiam, por acaso, fazer jejum, enquanto o noivo está com eles? Enquanto o noivo está com eles, os convidados não podem jejuar. 20Mas vai chegar o tempo em que o noivo será tirado do meio deles; aí, então, eles vão jejuar. 21Ninguém põe um remendo de pano novo numa roupa velha; porque o remendo novo repuxa o pano velho e o rasgão fica maior ainda. 22Ninguém põe vinho novo em odres velhos; porque o vinho novo arrebenta os odres velhos e o vinho e os odres se perdem. Por isso, vinho novo em odres novos". Comentário ao Evangelho do dia feito por : São Nicolau Cabasilas São Nicolau Cabasilas (c. 1320-1363), teólogo laico grego A Vida em Cristo, II, 75ss
«O Esposo está com eles»
Para nós há duas maneiras de conhecer os objectos: o conhecimento que se pode receber por nos ser contado, e aquele que se pode adquirir por nós próprios. Pelo primeiro, não alcançamos o objecto em si, apenas o percebemos através de palavras, como numa imagem; de modo diverso, fazer a experiência dos objectos é encontrá-los realmente em si próprios. Neste segundo tipo de conhecimento, a forma do objecto prende a alma e desperta o desejo como um sinal à medida da sua beleza. Da mesma forma, se o nosso amor pelo Salvador nada produz de novo nem de extraordinário, é evidente que o nosso empenhamento em amá-Lo deriva de apenas termos ouvido falar a seu respeito. Como poderíamos nós, apenas por ouvir falar d'Ele, conhecê-Lo como merece, Esse a quem nada se assemelha, Esse a quem nada pode ser comparado e que não pode ser comparado a nada? Como poderíamos conhecer a sua beleza e amá-Lo à medida da sua beleza? Mas, sempre que os homens experimentam um intenso desejo de amar, um desejo de fazer por Ele coisas que ultrapassam a natureza humana, é porque foi o próprio Esposo a tê-los tocado e ferido. Ele abriu-lhes os olhos à beleza divina. A profundidade da ferida testemunha o quanto a seta de facto penetrou; e o ardor do desejo revela Quem os feriu. Eis como a nova Aliança é diferente da Antiga; antigamente era a palavra o que educava os homens; hoje, é Cristo em pessoa quem, de uma maneira indizível, prepara e modela as almas dos homens. Se o ensinamento da Lei bastasse para os conduzir, então não teriam sido necessários os actos extraordinários de um Deus tornado homem, que foi crucificado e depois morto. Isto é verdade também para os apóstolos, nossos pais na fé. Eles tinham ouvido os ensinamentos do Salvador, as palavras da sua boca; tinham visto os seus milagres e assistido a todas as provações que suportou pelos homens, viram-No morrer, ressuscitar e em seguida elevar-Se nos céus. Tudo isto eles o sabiam, mas nada mostraram de novo, de generoso, de verdadeiramente espiritual, até se terem baptizado no Espírito Santo. Só então, somente, o verdadeiro desejo por Cristo neles se acendeu, e através deles, se acendeu em outros.Fonte: http://www.evangelhoquotidiano.org/
Comentário ao Evangelho do dia 19/01/08 feito por :
S. Pedro Crisólogo (cerca 406-450), bispo de Ravenne, doutor da Igreja Sermão 30
"O homem levantou-se e seguiu-o"
Sentado no seu posto de cobrança, este infeliz publicano estava numa situação pior do que o paralítico de que vos falei no outro dia, que jazia no seu leito (Mc 2,1s). Um estava atingido de paralisia no seu corpo, o outro na sua alma. No caso do primeiro, todos os membros estavam disformes; no caso do segundo, era o juízo no seu todo que estava confundido. O primeiro jazia, prisioneiro da sua carne; o outro estava sentado, cativo de alma e de corpo. Era contra a sua vontade que o paralítico sucumbia aos sofrimentos; o publicano, ele, estava voluntariamente escravo do mal do pecado. Este último, inocente a seus próprios olhos, era acusado de cupidez pelos outros; o primeiro, no meio das suas feridas, sabia-se pecador. Um acumulava lucro sobre lucro, e todos eram pecados; o outro apagava os seus pecados gemendo nas suas dores. Por isso são justas estas palavras dirigidas ao paralítico: "Meu filho, os teus pecados estão perdoados", porque pelos seus sofrimentos ele compensava as suas faltas. Quanto ao publicano, ele escutou estas palavras: "Vem, segue-me", quer dizer: "Tu repararás, seguindo-me, tu que te perdeste seguindo o dinheiro".
Alguém dirá: porque é que o publicano, aparentemente mais culpado, recebe um dom maior? Ele torna-se imediatamente apóstolo
Ele próprio recebeu o perdão, e concede a outros a remissão dos seus pecados; ele ilumina toda a terra com a luz da pregação do Evangelho. Quanto ao paralítico, é julgado digno de receber apenas o perdão. Queres saber porque é que o publicano recebeu mais graças? É que, segundo uma palavra do apóstolo Paulo: "Onde abundou o pecado superabundou a graça" (Rom 5,20).
Sábado, 19 de janeiro de 2008 1ª Semana Comum Evangelho (Marcos 2,13-17) Naquele tempo, 13Jesus saiu de novo para a beira mar. Toda a multidão ia a seu encontro, e Jesus os ensinava. 14Enquanto passava, Jesus viu Levi, o filho de Alfeu, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: "Segue-me!" Levi se levantou e o seguiu. 15E aconteceu que, estando à mesa na casa de Levi, muitos cobradores de impostos e pecadores também estavam à mesa com Jesus e seus discípulos. Com efeito, eram muitos os que o seguiam. 16Alguns doutores da Lei, que eram fariseus, viram que Jesus estava comendo com pecadores e cobradores de impostos. Então eles perguntaram aos discípulos: "Por que ele come com cobradores de impostos e pecadores?" 17Tendo ouvido, Jesus respondeu-lhes: "Não são as pessoas sadias que precisam de médico, mas as doentes. Eu não vim para chamar justos, mas sim pecadores". Reflexão: "Eu não vim chamar justos, mas sim pecadores" Todos nós podemos dizer: "Glória a Deus! Tô dentro! "
Sexta-Feira, 18 de janeiro de 2008 1ª. Semana Comum Evangelho (Marcos 2,1-12) 1Alguns dias depois, Jesus entrou de novo em Cafarnaum. Logo se espalhou a notícia de que ele estava em casa. 2Reuniram-se ali tantas pessoas, que já não havia lugar, nem mesmo diante da porta. 3Trouxeram-lhe, então, um paralítico, carregado por quatro homens. 4Mas não conseguindo chegar até Jesus, por causa da multidão, abriram então o teto, bem em cima do lugar onde ele se encontrava. Por essa abertura desceram a cama em que o paralítico estava deitado. 5Quando viu a fé daqueles homens, Jesus disse ao paralítico: "Filho, os teus pecados estão perdoados". 6Ora, alguns mestres da Lei, que estavam ali sentados, refletiam em seus corações: 7"Como este homem pode falar assim? Ele está blasfemando: ninguém pode perdoar pecados, a não ser Deus". 8Jesus percebeu logo o que eles estavam pensando no seu íntimo, e disse: "Por que pensais assim em vossos corações? 9O que é mais fácil: dizer ao paralítico: 'Os teus pecados estão perdoados', ou dizer: 'Levanta-te, pega a tua cama e anda'? 10Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem, na terra, poder de perdoar pecados, — disse ele ao paralítico: 11eu te ordeno: levanta-te, pega tua cama, e vai para tua casa!" 12O paralítico então se levantou e, carregando a sua cama, saiu diante de todos. E ficaram todos admirados e louvavam a Deus, dizendo: "Nunca vimos uma coisa assim". Reflexão:Gostaria de convidar você a rezar por seus amigos! Principalmente aqueles que te levaram ou te levam até Jesus! Já dizia o ditado: "Quem tem amigo não morre pagão!" Nem fica paralítico! Reze por seus amigos! Mas seja um amigo também! Procure levar as pessoas até Jesus! Se sozinho for muito difícil, junte-se com mais três e dê um jeito de apresentar a pessoa a Jesus! Daí pra frente é problema dela e de Jesus!Louvado seja Deus por nossos amigos! Pense nisso!
|