"Qual é o primeiro de todos os mandamentos?" 29Jesus respondeu: "O primeiro é este: Ouve, ó Israel! O Senhor nosso Deus é o único Senhor. 30Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todo o teu entendimento e com toda a tua força! 31O segundo mandamento é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo! Não existe outro mandamento maior do que estes".
32O mestre da Lei disse a Jesus: "Muito bem, Mestre! Na verdade, é como disseste: Ele é o único Deus e não existe outro além dele. 33Amá-lo de todo coração, de toda a mente, e com toda a força, e amar o próximo como a si mesmo é melhor do que todos os holocaustos e sacrifícios".
34Jesus viu que ele tinha respondido com inteligência, e disse: "Tu não estás longe do Reino de Deus". E ninguém mais tinha coragem de fazer perguntas a Jesus.
Reflexão:
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
Bento XVI revive conversão de Santo Agostinho
Bento XVI revive conversão de Santo Agostinho
Quinta e última intervenção na audiência geral dedicada ao Bispo de Hipona
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).- Publicamos a quinta e última intervenção de Bento XVI na audiência geral dedicada à figura de Santo Agostinho de Hipona, nesta ocasião, consagrada à sua conversão.
* * *
Queridos irmãos e irmãs:
Com o encontro de hoje, quero concluir a apresentação da figura de Santo Agostinho. Após vermos sua vida, suas obras e alguns aspectos de seu pensamento, hoje quero voltar a recordar sua experiência interior, que fez dele um dos maiores convertidos da história cristã. A esta experiência dediquei em particular minha reflexão durante a peregrinação que fiz a Pavia, no ano passado, para venerar os restos mortais deste Padre da Igreja. Deste modo quis expressar a homenagem de toda a Igreja Católica, e ao mesmo tempo tornar visível minha pessoal devoção e reconhecimento por uma figura à qual me sinto sumamente unido pela importância que teve em minha vida de teólogo, de sacerdote e de pastor.
Ainda hoje é possível recorrer às vivências de Santo Agostinho, graças sobretudo às «Confissões», escritas para o louvor de Deus, que constituem a origem de uma das formas literárias mais específicas do Ocidente, a autobiografia, ou seja, a expressão do conhecimento de si mesmo. Quem quer que se aproxime deste extraordinário e fascinante livro, ainda hoje sumamente lido, percebe facilmente que a conversão de Agostinho não foi repentina nem aconteceu plenamente desde o início, mas que pode ser definida mais como um autêntico caminho, que continua sendo um modelo para cada um de nós.
Este itinerário culminou certamente com a conversão e depois com o batismo, mas não se concluiu com aquela vigília pascal do ano 387, quando em Milão o professor de retórica africano foi batizado pelo bispo Ambrósio. O caminho de conversão de Agostinho continuou humildemente até o final de sua vida, até o ponto de que se pode verdadeiramente dizer que suas diferentes etapas podemos distinguir facilmente três são uma única e grande conversão.
A primeira conversão
Santo Agostinho foi um buscador apaixonado da verdade: desde o início e depois durante toda a sua vida. A primeira etapa em seu caminho de conversão se realizou precisamente na aproximação progressiva ao cristianismo. Na realidade, ele havia recebido da mãe Mônica, com a qual sempre esteve muito unido, uma educação cristã e, apesar de que havia vivido nos anos de juventude uma vida desordenada, sempre sentiu uma profunda atração por Cristo, tendo bebido o amor pelo nome do Senhor com o leite materno, como ele mesmo sublinha (cf. «Confissões», III, 4, 8).
Mas a filosofia, sobretudo a de orientação platônica, também havia contribuído para aproximá-lo de Cristo, manifestando-lhe a existência do Logos, a razão criadora. Os livros dos filósofos lhe indicavam que existe a razão, da qual procede todo o mundo, mas não lhe diziam como alcançar este Logos, que parecia tão afastado. Só a leitura das cartas de São Paulo, na fé da Igreja Católica, revelou-lhe plenamente a verdade. Esta experiência foi sintetizada por Agostinho em uma das páginas mais famosas das «Confissões»: conta que, no tormento de suas reflexões, retirado em um jardim, escutou de repente uma voz infantil que repetia uma canção, nunca antes escutada: «tolle,, lege, tolle, lege», «toma, lê, toma, lê» (VIII, 12, 29). Então se lembrou da conversão de Antônio, pai do monaquismo, e com atenção voltou a tomar um livro de São Paulo que pouco antes tinha entre as mãos: abriu-o e o olhar se fixou na passagem da carta aos Romanos na qual o apóstolo exorta a abandonar as obras da carne e a revestir-se de Cristo (13, 13-14).
Ele havia compreendido que essa palavra, naquele momento, dirigia-se pessoalmente a ele, procedia de Deus através do apóstolo e lhe indicava o que ele tinha de fazer nesse momento. Deste modo sentiu como desapareciam as trevas da dúvida e era libertado para entregar-se totalmente a Cristo: «Havias convertido a ti meu ser», comenta («Confissões», VIII, 12, 30). Esta foi a primeira e decisiva conversão.
O professor de retórica africano chegou a esta etapa fundamental em seu longo caminho graças à sua paixão pelo homem e pela verdade, paixão que o levou a buscar a Deus, grande e inacessível. A fé em Cristo o fez compreender que Deus não estava tão afastado como parecia. Ele se havia feito próximo de nós, convertendo-se em um de nós. Neste sentido, a fé em Cristo levou a cumprimento a longa busca de Santo Agostinho no caminho da verdade. Só um Deus que se fez «tocável», um de nós, era, em última instância, um Deus ao qual se podia rezar, pelo qual se podia viver e com o qual se podia viver.
A segunda conversão
É um caminho que deve ser percorrido com valentia e ao mesmo tempo com humildade, abertos a uma purificação permanente, algo que cada um de nós sempre precisa. Mas o caminho de Agostinho não havia concluído com aquela vigília pascal do ano 387, como dissemos. Ao regressar à África, fundou um pequeno mosteiro e se retirou nele, junto a uns poucos amigos, para dedicar-se à vida contemplativa e de estudo. Este era o sonho de sua vida. Agora estava chamado a viver totalmente para a verdade, com a verdade, na amizade de Cristo, que é a verdade. Um lindo sonho que durou três anos, até que, apesar dele, foi consagrado sacerdote em Hipona e destinado a servir aos fiéis. Certamente continuou vivendo com Cristo e por Cristo, mas ao serviço de todos. Isso era muito difícil para ele, mas compreendeu desde o início que só vivendo para os demais, e não simplesmente para sua contemplação privada, podia realmente viver com Cristo e por Cristo.
Deste modo, renunciando a uma vida consagrada só à meditação, Agostinho aprendeu, às vezes com dificuldade, a pôr à disposição o fruto de sua inteligência para benefício dos demais. Aprendeu a comunicar sua fé às pessoas simples e a viver assim para ela naquela cidade que se converteu na sua, desempenhando sem cessar uma generosa atividade, que descreve com estas palavras em um de seus belíssimos sermões: «Pregar continuamente, discutir, repreender, edificar, estar à disposição de todos, é um ingente cargo e um grande peso, um enorme cansaço» («Sermões» 339, 4). Mas ele carregou este peso, compreendendo que precisamente deste modo podia estar mais próximo de Cristo. Sua segunda conversão consistiu em compreender que se chega aos demais com simplicidade e humildade.
A terceira conversão
Mas há uma última etapa no caminho de Agostinho, uma terceira conversão: é a que o levou cada dia de sua vida a pedir perdão a Deus. Ao início, havia pensado que uma vez batizado, na vida de comunhão com Cristo, nos sacramentos na celebração da Eucaristia, chegaria à vida proposta pelo Sermão da Montanha: a perfeição doada no batismo e reconfirmada pela Eucaristia.
Na última parte de sua vida, ele compreendeu que o que havia dito em suas primeiras pregações sobre o Sermão da Montanha ou seja, que nós, como cristãos, vivemos agora este ideal permanentemente estava errado. Só o próprio Cristo realiza verdadeira e completamente o Sermão da Montanha. Nós temos sempre necessidade de ser levados por Cristo, que nos lava os pés, e de ser renovados por Ele. Temos necessidade de conversão permanente. Até o final precisamos desta humildade que reconhece que somos pecadores em caminho, até que o Senhor nos dá a mão definitivamente e nos introduz na vida eterna. Agostinho morreu com esta última atitude de humildade, vivida dia-a-dia.
Esta atitude de humildade profunda ante o único Senhor Jesus o introduziu na experiência de uma humildade também intelectual. Agostinho, que é uma das maiores figuras na história do pensamento, quis, nos últimos anos de sua vida, submeter a um lúcido exame crítico suas numerosas obras. Surgiram assim as «Retractationes» («revisões»), que deste modo introduzem seu pensamento teológico, verdadeiramente grande, na fé humilde e santa daquela à qual chama simplesmente com o nome de Catholica, ou seja, a Igreja. «Compreendi escreve precisamente neste originalíssimo livro (I, 19 1-3) que só um é verdadeiramente perfeito e que as palavras do Sermão da Montanha só são realizadas totalmente por um só: no próprio Jesus Cristo. Toda a Igreja, pelo contrário, todos nós, inclusive os apóstolos, temos de rezar cada dia: 'perdoai as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido'».
Convertido a Cristo, que é verdade e amor, Agostinho o seguiu durante toda a vida e se converteu em um modelo para todo ser humano, para todos nós na busca de Deus. Por este motivo, eu quis concluir minha peregrinação a Pavia voltando a entregar espiritualmente à Igreja e ao mundo, ante o túmulo deste grande enamorado de Deus, minha primeira encíclica, Deus caritas est. Esta, de fato, tem uma grande dívida, sobretudo em sua primeira parte, com o pensamento de Santo Agostinho.
Também hoje, como em sua época, a humanidade tem necessidade de conhecer e sobretudo de viver esta realidade fundamental: Deus é amor, e o encontro com ele é a única resposta às inquietudes do coração humano. Um coração no qual vive a esperança talvez ainda escura e inconsciente em muitos de nossos contemporâneos , para nós, os cristãos, abre já hoje ao futuro, até o ponto de que São Paulo escreveu que «na esperança fomos salvos» (Romanos, 8, 24). À esperança quis dedicar minha segunda encíclica, Spe Salvi, que também contraiu uma grande dívida com Agostinho e seu encontro com Deus.
Um escrito sumamente lindo de Agostinho define a oração como expressão do desejo e afirma que Deus responde abrindo a ele o nosso coração. Por nossa parte, temos de purificar nossos desejos e nossas esperanças para acolher a doçura de Deus (cf. Santo Agostinho, «In Ioannis», 4, 6). Só esta nos salva, abrindo-nos também aos demais. Rezemos, portanto, para que em nossa vida nos seja concedido cada dia seguir o exemplo deste grande convertido, encontrando como ele, em todo momento de nossa vida, o Senhor Jesus, o único que nos salva, que nos purifica e nos dá a verdadeira alegria, a verdadeira vida.
[Tradução: Élison Santos. Revisão: Aline Banchieri.
© Copyright 2008 - Libreria Editrice Vaticana]
Fonte:www.zenit.org
Evangelho do Dia 28/02/2008
Naquele tempo, 14Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. 15Mas alguns disseram: "É por Belzebu, o príncipe dos demônios, que ele expulsa os demônios".
16Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. 17Mas, conhecendo seus pensamentos, Jesus disse-lhes: "Todo reino dividido contra si mesmo será destruído; e cairá uma casa por cima da outra.
18Ora, se até Satanás está dividido contra si mesmo, como poderá sobreviver o seu reino? Vós dizeis que é por Belzebu que eu expulso os demônios. 19Se é por meio de Belzebu que eu expulso demônios, vossos filhos os expulsam por meio de quem? Por isso, eles mesmos serão vossos juízes.
20Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, então chegou para vós o Reino de Deus. 21Quando um homem forte e bem armado guarda a própria casa, seus bens estão seguros. 22Mas, quando chega um homem mais forte do que ele, vence-o, arranca-lhe a armadura na qual ele confiava, e reparte o que roubou. 23Quem não está comigo está contra mim. E quem não recolhe comigo dispersa".
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 27/02/2008
19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus.
Epifânio de Benevento (sécs. V-VI), bispo
Comentário sobre os quatro evangelhos, PLS 3, 852
«Para se cumprir totalmente a Escritura» (Jo 19,28)
«Não penseis que vim revogar a Lei ou os profetas. Não vim revogá-los, mas levá-los à perfeição» [
] Naquele tempo, com efeito, o Senhor exerceu o poder para cumprir na sua pessoa todos os mistérios que a Lei anunciava acerca de Si. Porque, na Paixão, Ele concretizou todas as profecias. Quando, segundo a profecia do bem-aventurado David (Sl 68,22), lhe ofereceram uma esponja embebida em vinagre para acalmar a sede, Ele aceitou-a dizendo: «Tudo está consumado». Depois, inclinando a cabeça, entregou o espírito (Jo 19,30).
Não só Ele realizou pessoalmente tudo o que disse, como também nos confiou os seus mandamentos, para que os puséssemos em prática. Ainda que os Antigos não tenham podido observar os mandamentos mais elementares da Lei (Act 15,10), Ele prescreveu-nos que seguíssemos os mais difíceis, por meio da graça e do poder que vêm da cruz.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Espaço litúrgico não é um palco ou sala de concerto
Espaço litúrgico não é um palco ou sala de concerto
Entrevista com D. Joviano de Lima Júnior, presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB
Por Alexandre Ribeiro
RIBEIRÃO PRETO, segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).
«Quando a celebração litúrgica se transforma num espetáculo ou concerto, perde a sua razão de ser», afirma o presidente da Comissão para a Liturgia da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Nesta entrevista a Zenit, Dom Joviano de Lima Júnior, SSS, arcebispo de Ribeirão Preto (São Paulo), fala sobre os cuidados e a riqueza da Liturgia.
«Qualquer celebração litúrgica é, por ser obra de Cristo sacerdote e do seu Corpo que é a Igreja, ação sagrada por excelência, cuja eficácia, com o mesmo título e no mesmo grau, não é igualada por nenhuma outra ação da Igreja» (SC, 7). Como o senhor vê o protagonismo advogado por muitos sacerdotes e também por leigos, cada um dentro de suas atribuições, na celebração da Eucaristia? Nunca se pode banalizar o fato de que Cristo é o protagonista, não?
Dom Joviano: De fato, o número sete da Constituição sobre a Sagrada Liturgia menciona as diversas presenças de Cristo e como Ele atua nesta "grandiosa obra", na qual "sempre associa a si a Igreja.". A Liturgia é a ação de Deus com o seu povo. É a irrupção do mistério no tempo simbolizado. Na ação litúrgica, a Trindade é glorificada e a humanidade santificada. É da genuína natureza da Liturgia a plena participação da assembléia, engajando mente, coração e o corpo das pessoas. Mas para que essa participação seja plena é preciso que seja orante e o silêncio devidamente valorizado. Quando a celebração litúrgica se transforma num espetáculo ou concerto, perde a sua razão de ser. O espaço litúrgico não é um palco ou sala de concerto. Daí a grande responsabilidade dos meios televisivos católicos, ao transmitir uma ação litúrgica.
O protagonismo nos remete à arte de celebrar, ao exercício do sacerdócio ministerial dos ministros ordenados e do sacerdócio comum do povo de Deus. Participar é celebrar e celebrar é participar. Quem preside deve estar consciente da centralidade de Jesus Cristo e da importância dos diversos ministérios. O exercício dos ministérios não é uma mera questão de funcionalidade, mas de visão de Igreja como Corpo de Cristo, animado pelo Espírito. Na Igreja escola e casa de comunhão, o Espírito distribui carismas e dons para o bem de todos. Na Liturgia celebrada, temos a mais expressiva visibilidade da Igreja povo de Deus.
É comum na Agência Zenit recebermos mensagem dos leitores alertando para o descuidado com a liturgia, com sua beleza e importância. Isso também tem preocupado o senhor?
Dom Joviano: Sim, muito. Os últimos documentos do magistério nos alertam e nos encorajam a promover uma autêntica formação contínua e a bem celebrar os santos mistérios, garantindo uma participação ativa, consciente e frutuosa dos fiéis, impregnada da beleza, como expressão do mistério de Deus. Os abusos e as deformações precisam ser corrigidos. A partir da nossa Comissão Nacional para a Liturgia, estimulamos a integração dos três setores da pastoral litúrgica, o espaço, a música e a ação ritual. Será uma maneira de se evitar celebrações áridas, sem vida, rotineiras. E não perdermos a dimensão estética, ritual, simbólico-sacramental da divina Liturgia.
O senhor tem percebido descuidos com a beleza da liturgia?
Dom Joviano: Em toda atividade eclesial há pessoas dedicadas e comprometidas e pessoas descuidadas e desleixadas. É preciso entrar no dinamismo da Páscoa de Cristo. Somente uma iniciação ao mistério, a mistagogia, é que se poderá reverter este quadro. A ação litúrgica bem celebrada ajuda as pessoas a recuperar o sentido e a beleza da vida, o gosto pela oração... A beleza cativa, educa e nos eleva. Ajuda-nos a mergulhar na realidade invisível do mistério.
Diante da importância da liturgia na vida da Igreja, que cuidados os sacerdotes devem ter na preparação de suas homilias?
Dom Joviano: Em primeiro lugar, não devem se esquecer de que são ouvintes e servidores da Palavra, se quiserem comunicar e ensinar. A homilia é parte integrante da celebração litúrgica. Os ministros da Palavra devem ter um duplo olhar. Um olhar na Escritura e outro nos ouvintes da Palavra. O olhar na Escritura começa com a leitura orante da Palavra. O outro olhar leva em consideração a realidade das pessoas. Torna-se se cada vez mais freqüente a preparação comunitária da homilia. Há padres que se reúnem, semanalmente, com seus colegas para preparem juntos a homilia. Alguns párocos meditarem a Palavra e prepararem a homilia dominical, com suas equipes de Liturgia.
E a questão dos cantos? Muitas vezes não se tem o cuidado com a beleza dos cantos. Como melhorar este ponto?
Dom Joviano: Cantar a Liturgia e não cantar na Liturgia. Essa deve ser a constante preocupação da pastoral litúrgica. O canto litúrgico acompanha o rito. Segue o tempo litúrgico. Não é um enfeite, mas oração cantada.
Com o Motu Proprio «Summorum Pontificum», Bento XVI permite a utilização do Missal Romano anterior à reforma litúrgica de 1970, Missal este promulgado por São Pio V e editado novamente pelo beato João XXIII (em 1962, quando a Missa era celebrada em latim). Tem sido alentada nas dioceses brasileiras a utilização deste Missal como forma extraordinária da celebração litúrgica?
Dom Joviano: O Santo Padre concedeu aos tradicionalistas que, em geral, sentem dificuldade em aceitar o Concílio Vaticano II e, em particular, a reforma litúgica a possibilidade de utilizar o Missal Romano de Pio V. Nossas dioceses estão empenhadas na participação ativa e frutuosa das comunidades no mistério de Cristo celebrado. Há ainda um longo caminho a percorrer para que a ação litúrgica seja, de fato, fonte e cume de toda a vida da Igreja.
O senhor acredita que é uma riqueza poder utlizar este Missal de forma extraordinária?
Dom Joviano: Creio que o Missal de Paulo VI responde melhor às necessidades do nosso tempo. É o que podemos ler no proêmio da Sacrosanctum Concilium: "O sagrado Concílio, propondo-se fomentar sempre mais a vida cristã entre os fiéis, adaptar melhor às exigências do nosso tempo aquelas instituições que são suscetíveis de mudanças, favorecer tudo o que pode contribuir à união dos que crêem em Cristo, e revigorar tudo o que contribui para chamar a todos ao seio da Igreja, julga ser sua obrigação ocupar-se de modo particular também da reforma e do incremento da Liturgia."
E a questão do latim, também seria uma forma de ter acesso à riqueza e beleza da Igreja alentar nos fiéis, seminaristas e sacerdotes o contato com o latim?
Dom Joviano: Sim. Os liturgistas estudam os textos latinos. Seria bom que também os seminaristas e pastores tivessem a mesma oportunidade. É uma questão de cultura, poder saborear os textos nas fontes. Mas não podemos subestimar a língua materna, na qual aprendemos a balbuciar palavras tão ricas de sentido e sentimento como Pai, Paizinho, Mãe, Misericórdia, Bondade, Obrigado e tantas outras. Em nosso idioma, cantamos, rezamos e expressamos melhor nossos sentimentos.
Evangelho do Dia 26/02/2008
"Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes?"
22Jesus respondeu: "Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete. 23Porque o Reino dos Céus é como um rei que resolveu acertar as contas com seus empregados. 24Quando começou o acerto, trouxeram-lhe um que lhe devia uma enorme fortuna. 25Como o empregado não tivesse com que pagar, o patrão mandou que fosse vendido como escravo, junto com a mulher e seus filhos e tudo o que possuía, para que pagasse a dívida.
26O empregado, porém, caiu aos pés do patrão, e prostrado, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei tudo'. 27Diante disso, o patrão teve compaixão, soltou o empregado e perdoou-lhe a dívida.
28Ao sair dali, aquele empregado encontrou um de seus companheiros que lhe devia apenas cem moedas. Ele o agarrou e começou a sufocá-lo, dizendo: 'Paga o que me deves'. 29O companheiro, caindo aos seus pés, suplicava: 'Dá-me um prazo! e eu te pagarei'. 30Mas o empregado não quis saber disso. Saiu e mandou jogá-lo na prisão, até que ele pagasse o que devia.
31Vendo o que havia acontecido, os outros empregados ficaram muito tristes, procuraram o patrão e lhe contaram tudo. 32Então o patrão mandou chamá-lo e lhe disse: 'Empregado perverso, eu te perdoei toda a tua dívida, porque tu me suplicaste. 33Não devias tu também, ter compaixão do teu companheiro, como eu tive compaixão de ti?' 34O patrão indignou-se e mandou entregar aquele empregado aos torturadores, até que pagasse toda a sua dívida.
35É assim que meu Pai que está nos céus fará convosco, se cada um não perdoar de coração ao seu irmão".
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 25/02/2008
Jesus, vindo a Nazaré, disse ao povo na sinagoga: 24"Em verdade eu vos digo que nenhum profeta é bem recebido em sua pátria. 25De fato, eu vos digo: no tempo do profeta Elias, quando não choveu durante três anos e seis meses e houve grande fome em toda a região, havia muitas viúvas em Israel. 26No entanto, a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a uma viúva em Sarepta, na Sidônia. 27E no tempo do profeta Eliseu, havia muitos leprosos em Israel. Contudo, nenhum deles foi curado, mas sim Naamã, o sírio".
28Quando ouviram estas palavras de Jesus, todos na sinagoga ficaram furiosos. 29Levantaram-se e o expulsaram da cidade. Levaram-no até o alto do monte sobre o qual a cidade estava construída, com a intenção de lançá-lo no precipício. 30Jesus, porém, passando pelo meio deles, continuou o seu caminho.
Reflexão:
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008
Jesus atua na liturgia da Palavra na Missa - Pe. Ranieiro Cantalamessa
Jesus atua na liturgia da Palavra na missa, explica Pe. Cantalamessa
Sublinha o pregador apostólico ante o Papa e a Cúria
Por Marta Lago
CIDADE DO VATICANO, sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).-
«Existe um âmbito e um momento na vida da Igreja em que Jesus fala hoje da forma mais solene e mais segura, e é a liturgia da palavra na Missa», constatou nesta sexta-feira, ante Bento XVI, o pregador da Casa Pontifícia.
«A Palavra de Deus é viva e eficaz», expressão paulina (Hebreus 4, 12) que percorre as pregações desta Quaresma a cargo do Pe. Raniero Cantalamessa O.F.M. Cap. na capela «Redemptoris Mater» do palácio apostólico do Vaticano.
O tema orienta não só este itinerário de reflexão para preparar para a Páscoa, mas também o caminho para o Sínodo dos Bispos, a grande convocatória do próximo mês de outubro sobre «A Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja».
O ponto de partida proposto nesta sexta-feira pelo pregador do Papa, «A Palavra de Deus na vida de Cristo», concretiza-se no próprio Jesus «que prega».
Ele é a «Palavra» de Deus, a Boa Nova da vinda do Reino de Deus entre os homens, ou seja, Jesus é o próprio «sujeito» da pregação. «Às realizações provisórias da palavra de Deus nos profetas, sucede agora a realização plena e definitiva», afirmou.
«A Carta aos Hebreus expressa assim a novidade: 'Muitas vezes e de muitos modos Deus falou no passado a nossos pais por meio dos Profetas; nestes últimos tempos, ele nos falou por meio do Filho'.»
Por isso, as «palavras-evento» a palavra de Deus que, sobretudo nos profetas, «cria uma situação que leva a cabo sempre algo novo na história» deram passagem às «palavras-sacramento».
Estas últimas «são as palavras de Deus 'sucedidas' de uma vez para sempre e recolhidas na Bíblia, que voltam a ser «realidade ativa» cada vez que a Igreja as proclama com autoridade e o Espírito que as inspirou volta a acendê-las no coração de quem as escuta», definiu o Pe. Cantalamessa.
Em Jesus, a Palavra de Deus «se fez carne» (Jo 1, 14). «O evento agora é uma pessoa!», afirmou.
Por meio de seu Filho, Deus fala «também hoje na Igreja». Para tomar consciência disso, o pregador da Casa Pontifícia apontou a afinidade entre Palavra e Eucaristia.
«O sacrifício de Cristo está consumado e concluído na cruz, em certo sentido; portanto, já não há mais sacrifícios de Cristo; contudo, sabemos que existe ainda um sacrifício e é o único sacrifício da Cruz que se faz presente e operante no sacrifício eucarístico; o evento continua no sacramento, na história na liturgia. Algo análogo sucede com a palavra de Cristo: deixou de existir como evento, mas existe ainda como sacramento», advertiu.
A «A sacramentalidade da palavra de Deus se revela no fato de que, às vezes, aquela atua manifestamente além da compreensão da pessoa, que pode ser limitada e imperfeita; obra quase por si mesma, ex opere operato, como se diz em teologia» «há uma desproporção evidente entre o sinal e a realidade que produz, algo que permite pensar precisamente na eficácia dos sacramentos».
Exemplificou com Santo Agostinho: «Ao ler as palavras de Paulo aos Romanos (13, 11 ss.), 'Despojemo-nos das obras das trevas
Como em pleno dia, procedamos com decoro: nada de orgias ou bebedeiras', sentiu uma 'luz de serenidade' que assaltava seu coração e compreendeu que estava curado da escravidão da carne».
Na Missa, a «liturgia da Palavra» é «a atualização litúrgica do Jesus que prega», sintetizou, é o momento no qual «as palavras e os episódios da Bíblia não só se narram, mas se revivem; a memória se converte em realidade e presença. O que aconteceu «naquele tempo», ocorre «neste tempo», «hoje» (hodie)».
Por isso, seguindo ao pregador do Papa, «Escutadas na liturgia, as leituras bíblicas adquirem um sentido novo e mais forte que quando se lêem em outros contextos. Não têm tanto o objetivo de conhecer melhor a Bíblia, como quando esta se lê em casa ou em uma escola bíblica, quanto o de reconhecer quem se faz presente ao partir o pão, iluminar cada vez um aspecto particular do mistério que se vai receber».
Assim aconteceu com os dois discípulos de Emaús evocou. «Foi escutando a explicação das Escrituras que seu coração começou a arder, de maneira que foram capazes de reconhecer Jesus depois ao partir o pão».
Por isso «Não somos só ouvintes da palavra, mas interlocutores e atores nela» realmente, insistiu o pregador do Papa. E recordou os conselhos de Orígenes, quanto ao sumo cuidado e veneração que se tem para com a Eucaristia, o corpo do Senhor: «Sabei dizia o padre apostólico dos primeiros tempos da Igreja que descuidar da palavra de Deus não é culpa menor que descuidar de seu corpo».
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 22/08/2008
17Respondendo, Jesus lhe disse: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi um ser humano que te revelou isso, mas o meu Pai que está no céu. 18Por isso eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra construirei a minha Igreja, e o poder do inferno nunca poderá vencê-la. 19Eu te darei as chaves do Reino dos Céus: tudo o que tu ligares na terra será ligado nos céus; tudo o que tu desligares na terra será desligado nos céus".
4º Sermão para o aniversário da sua ordenação
Nada escapava à sabedoria e ao poder de Cristo: os elementos da natureza estavam ao seu serviço, os espíritos obedeciam-lhe, os anjos serviam-no E, contudo, no universo inteiro, só Pedro foi escolhido para presidir à chamada dos povos, à direção de todos os apóstolos e de todos os Padres da Igreja. Assim, embora haja no povo de Deus muitos padres e muitos pastores, Pedro governá-los-ia pessoalmente a todos, como Cristo também os governa com o título de chefe
O Senhor pergunta a todos os apóstolos qual é a opinião dos homens a seu respeito. E eles dizem todos a mesma coisa, bem como expõem longamente as dúvidas provenientes da ignorância humana. Mas assim que o Senhor exige conhecer os sentimentos dos próprios discípulos, o primeiro a confessar o Senhor é aquele que é o primeiro na dignidade de apóstolo. Como ele disse: "Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo", Jesus respondeu-lhe: "Feliz és tu, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que to revelaram, mas meu Pai que está nos céus". Foi a inspiração do céu que te instruiu; não foi a carne nem o sangue que te permitiram descobrir-me, mas aquele do qual eu sou o Filho único.
"E eu, declaro-te", quer dizer; tal como meu Pai te manifestou a minha divindade, também eu te faço conhecer a tua superioridade. "Tu és Pedro", quer dizer: Eu sou a rocha inabalável, a pedra angular que de dois povos fez um só (Ef 2,14), o fundamento que ninguém pode substituir por outro (1Co 3,11), mas também tu és pedra, porque és sólido pela minha força, e o que me é próprio pelo meu poder, tu o tens em comum comigo pelo fato de estares em comunhão comigo. "Sobre esta pedra, construirei a minha Igreja". Sobre a solidez deste fundamento, disse ele, eu construirei um templo eterno, e a minha Igreja, cujo cume chegará ao céu, elevar-se-á sobre o fundamento desta fé.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 21/02/2008
20Um pobre, chamado Lázaro, cheio de feridas, estava no chão, à porta do rico. 21Ele queria matar a fome com as sobras que caíam da mesa do rico. E, além disso, vinham os cachorros lamber suas feridas.
22Quando o pobre morreu, os anjos levaram-no para junto de Abraão. Morreu também o rico e foi enterrado. 23Na região dos mortos, no meio dos tormentos, o rico levantou os olhos e viu de longe a Abraão, com Lázaro ao seu lado. 24Então gritou: 'Pai Abraão, tem piedade de mim! Manda Lázaro molhar a ponta do dedo para me refrescar a língua, porque sofro muito nestas chamas'.
25Mas Abraão respondeu: 'Filho, lembra-te de que recebeste teus bens durante a vida e Lázaro, por sua vez, os males. Agora, porém, ele encontra aqui consolo e tu és atormentado. 26E, além disso, há grande abismo entre nós: por mais que alguém desejasse, não poderia passar daqui para junto de vós, e nem os daí poderiam atravessar até nós'.
27O rico insistiu: 'Pai, eu te suplico, manda Lázaro à casa de meu pai, 28porque eu tenho cinco irmãos. Manda preveni-los, para que não venham também eles para este lugar de tormento'. 29Mas Abraão respondeu: 'Eles têm Moisés e os profetas, que os escutem!'
30O rico insistiu: 'Não, Pai Abraão, mas se um dos mortos for até eles, certamente vão se converter'. 31Mas Abraão lhe disse: 'Se não escutam a Moisés, nem aos Profetas, eles não acreditarão, mesmo que alguém ressuscite dos mortos'".
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 20/02/2008
Naquele tempo, 17enquanto Jesus subia para Jerusalém, ele tomou os doze discípulos à parte e, durante a caminhada, disse-lhes: 18"Eis que estamos subindo para Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos sumos sacerdotes e aos mestres da Lei. Eles o condenarão à morte, 19e o entregarão aos pagãos para zombarem dele, para flagelá-lo e crucificá-lo. Mas no terceiro dia ressuscitará".
20A mãe dos filhos de Zebedeu aproximou-se de Jesus com seus filhos e ajoelhou-se com a intenção de fazer um pedido. 21Jesus perguntou: "Que queres?" Ela respondeu: "Manda que estes meus dois filhos se sentem, no teu Reino, um à tua direita e outro à tua esquerda". 22Jesus, então, respondeu-lhe: "Não sabeis o que estais pedindo. Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber?" Eles responderam: "Podemos". 23Então Jesus lhes disse: "De fato, vós bebereis do meu cálice, mas não depende de mim conceder o lugar à minha direita ou à minha esquerda. Meu Pai é quem dará esses lugares àqueles para os quais ele os preparou".
24Quando os outros dez discípulos ouviram isso, ficaram irritados contra os dois irmãos. 25Jesus, porém, chamou-os, e disse: "Vós sabeis que os chefes das nações têm poder sobre elas e os grandes as oprimem. 26Entre vós não deverá ser assim. Quem quiser tornar-se grande, torne-se vosso servidor; 27quem quiser ser o primeiro, seja vosso servo. 28Pois, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate em favor de muitos".
Reflexão:
Discurso sobre o salmo 121
Nos "Salmos da Subida", o salmista aspira a Jerusalém, afirmando que deseja subir. Subir para onde? Desejará atingir o sol, a lua, as estrelas? Não. O que está no céu é a Jerusalém eterna, onde habitam os anjos, nossos concidadãos (Heb 12, 22). Nesta terra, nós estamos exilados, longe deles. No percurso do exílio, suspiramos; na cidade, exultaremos de alegria.
Durante a viagem, encontramos alguns companheiros que já viram a cidade e que nos animam a correr para ela. Eles arrancaram ao salmista um grito de alegria: "Exultei quando me disseram: 'Iremos para a casa do Senhor'" (Sl 121, 1). [ ] "Iremos para a casa do Senhor": corramos, pois, corramos, porque chegaremos à casa do Senhor. Corramos sem parar; aqui, não há lassidão. Corramos para a casa do Senhor e exultemos de alegria com aqueles que nos chamam, os que foram os primeiros a contemplar a nossa pátria. Eles chamam de longe os que os seguem, bradando: "Iremos para a casa do Senhor; vinde, correi!" Os apóstolos viram essa casa e chamam-nos: "Correi, vinde, segui-nos! Iremos para a casa do Senhor!"
E que responde cada um de nós? "Exultei quando me disseram: 'Iremos para a casa do Senhor'". Alegrei-me nos profetas, alegrei-me nos apóstolos, porque todos eles me disseram: "Iremos para a casa do Senhor".
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 19/02/2008
5Fazem todas as suas ações só para serem vistos pelos outros. Eles usam faixas largas, com trechos da Escritura, na testa e nos braços, e põem na roupa longas franjas.
6Gostam de lugar de honra nos banquetes e dos primeiros lugares nas sinagogas. 7Gostam de ser cumprimentados nas praças públicas e de serem chamados de Mestre. 8Quanto a vós, nunca vos deixeis chamar de Mestre, pois um só é vosso Mestre e todos vós sois irmãos. 9Na terra, não chameis a ninguém de pai, pois um só é vosso Pai, aquele que está nos céus. 10Não deixeis que vos chamem de guias, pois um só é vosso Guia, Cristo. 11Pelo contrário, o maior dentre vós deve ser aquele que vos serve. 12Quem se exaltar será humilhado, e quem se humilhar será exaltado".
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 18/02/2008
Reflexão:
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 15/02/2008
21Vós ouvistes o que foi dito aos antigos: 'Não matarás! Quem matar será condenado pelo tribunal'. 22Eu, porém, vos digo: todo aquele que se encoleriza com seu irmão será réu em juízo; quem disser ao seu irmão: 'Patife!' será condenado pelo tribunal; quem chamar o irmão de 'tolo' será condenado ao fogo do inferno.
23Portanto, quando tu estiveres levando a tua oferta para o altar, e ali te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, 24deixa a tua oferta ali diante do altar, e vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão. Só então vai apresentar a tua oferta.
25Procura reconciliar-te com teu adversário, enquanto caminha contigo para o tribunal. Senão o adversário te entregará ao juiz, o juiz te entregará ao oficial de justiça, e tu serás jogado na prisão. 26Em verdade eu te digo: dali não sairás, enquanto não pagares o último centavo".
«Vai primeiro reconciliar-te com o teu irmão»
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 14/02/2008
Porta-voz vaticano: jejum de imagens ajuda a escutar Palavra
Porta-voz vaticano: jejum de imagens ajuda a escutar Palavra
O Pe. Lombardi comenta a proposta do Papa para a QuaresmaCIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).- O «jejum de imagens» proposto por Bento XVI nesta Quaresma prepara a alma para a escuta da Palavra de Deus, explica o porta-voz vaticano.
O Pe. Federico Lombardi, S.J., diretor da Sala de Informação da Santa Sé, comentou no editorial do último número de «Octava Dies», semanário do Centro Televisivo Vaticano, do qual também é diretor, esta proposta «particularmente atual e original» do bispo de Roma, apresentada no encontro que teve com sacerdotes de Roma em 7 de fevereiro passado.
«Falando do anúncio do Evangelho em nosso contexto cultural, o Papa observou que vivemos em uma época na qual estamos inundados de palavras e imagens, tão numerosas e confusas que perdem seu valor e é difícil reconhecer nelas significados profundos», explica o Pe. Lombardi.
«Por este motivo, temos necessidade não só de um jejum corporal, mas talvez mais ainda de um 'jejum' de palavras e de imagens para voltar a encontrar o espaço do silêncio interior no qual podemos escutar a Palavra, a Palavra de Deus, a Palavra com 'P' maiúsculo», considera.
«Nesta época de desenvolvimento explosivo das comunicações, é uma dica de reflexão e de busca espiritual importante. Difícil, mas vital. É mais urgente que nunca uma disciplina, chamemos-la ascética, no uso da comunicação para saber usá-la para o bem e para não ser escravos.»
Recordando que o Papa constatou que se dá «um renascimento positivo da arte e da música cristãs», o Pe. Lombardi considera que é necessário alimentar «nossa visão e nossa vida interior, nossa imaginação, nossos sentidos interiores, com a beleza purificadora».
«Jesus é a verdadeira imagem de Deus declara. Deve-se voltar a contemplar, com os olhos físicos e com os interiores, não só as imagens do Evangelho, mas toda forma de beleza que seja capaz de libertar o espírito.»
Em definitivo, conclui, trata-se de «voltar a educar nossa fé na escuta e na visão. Pois a fé é precisamente um escutar e um ver».
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
- Como as pessoas de hoje são más! Pedem um milagre como sinal de aprovação de Deus, mas nenhum sinal lhes será dado, a não ser o milagre de Jonas. Assim como o profeta Jonas foi um sinal para os moradores da cidade de Nínive, assim também o Filho do Homem será um sinal para a gente de hoje. No Dia do Juízo a rainha de Sabá vai se levantar e acusar vocês, pois ela veio de muito longe para ouvir os sábios ensinamentos de Salomão. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Salomão. No Dia do Juízo o povo de Nínive vai se levantar e acusar vocês porque, quando ouviram a mensagem de Jonas, eles se arrependeram dos seus pecados. E eu afirmo que o que está aqui é mais importante do que Jonas.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 12/02/2008
7"Quando orardes, não useis muitas palavras, como fazem os pagãos. Eles pensam que serão ouvidos por força das muitas palavras.
8Não sejais como eles, pois vosso Pai sabe do que precisais, muito antes que vós o peçais. 9Vós deveis rezar assim: Pai nosso que estás nos céus, santificado seja o teu nome; 10venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como nos céus. 11O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. 12Perdoa as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, 13e não nos deixes cair em tentação, mas livra-nos do mal.
14De fato, se vós perdoardes aos homens as faltas que eles cometeram, vosso Pai que está nos céus também vos perdoará. 15Mas, se vós não perdoardes aos homens, vosso Pai também não perdoará as faltas que vós cometestes".
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Evangelho do Dia 11/02/2008
31"Quando o Filho do Homem vier em sua glória, acompanhado de todos os anjos, então se assentará em seu trono glorioso. 32Todos os povos da terra serão reunidos diante dele, e ele separará uns dos outros, assim como o pastor separa as ovelhas dos cabritos. 33E colocará as ovelhas à sua direita e os cabritos à sua esquerda. 34Então o Rei dirá aos que estiverem à sua direita: 'Vinde benditos de meu Pai! Recebei como herança o Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo! 35Pois eu estava com fome e me destes de comer; eu estava com sede e me destes de beber; eu era estrangeiro e me recebestes em casa; 36eu estava nu e me vestistes; eu estava doente e cuidastes de mim; eu estava na prisão e fostes me visitar'. 37Então os justos lhe perguntarão: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Com sede e te demos de beber? 38Quando foi que te vimos como estrangeiro e te recebemos em casa, e sem roupa e te vestimos? 39Quando foi que te vimos doente ou preso, e fomos te visitar?' 40Então o Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo, que todas as vezes que fizestes isso a um dos menores de meus irmãos, foi a mim que o fizestes!' 41Depois o Rei dirá aos que estiverem à sua esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos! Ide para o fogo eterno, preparado para o diabo e para os seus anjos. 42Pois eu estava com fome e não me destes de comer; eu estava com sede e não me destes de beber; 43eu era estrangeiro e não me recebestes em casa; eu estava nu e não me vestistes; eu estava doente e na prisão e não fostes me visitar'. 44E responderão também eles: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome, ou com sede, como estrangeiro, ou nu, doente ou preso, e não te servimos?' 45Então o Rei lhes responderá: 'Em verdade eu vos digo, todas as vezes que não fizestes isso a um desses pequeninos, foi a mim que não o fizestes!' 46Portanto, estes irão para o castigo eterno, enquanto os justos irão para a vida eterna".
Oraçãoi: "Procurando o Coração de Deus", com o Irmão Roger
Se mostramos tanto amor para com os pobres é porque neles encontramos hoje Jesus, Ele que é a Palavra de Deus feita carne. Quanto mais estivermos unidos a Deus, mais crescerá o nosso amor pelos pobres e a nossa disponibilidade para os servir do fundo do nosso coração...
Não procureis Deus nos países distantes; Ele está bem perto de vós; está convosco. Tende sempre as vossas lâmpadas acesas (Mt 25,1s) e descobri-lo-eis constantemente. Vigiai e rezai (Lc 21,36).
Jesus oferece a sua amizade duradoura, fiável, pessoal, a cada um de nós; exprime-a com ternura e amor. Uniu-nos a Ele para sempre. E agora, com o nosso trabalho, pomos esse amor em prática. Jesus veio ao mundo fazendo o bem e nós tentamos agora imitá-lo, porque creio que Deus ama o mundo através de nós. Vejo tantas pessoas na rua, pessoas que ninguém quer, de quem ninguém se ocupa, pessoas ávidas de amor. Elas são Jesus.
Evangelho do Dia 10/02/2008
5Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, 6e lhe disse: "Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: 'Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra'". 7Jesus lhe respondeu: "Também está escrito: 'Não tentarás o Senhor teu Deus!'"
8Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, 9e lhe disse: "Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar". 10Jesus lhe disse: "Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: 'Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto'". 11Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus.
Reflexão: