sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Evangelho do Dia 20/02/2009

Evangelho
S. Marcos 8,34-38.9,1.

Chamando a si a multidão, juntamente com os discípulos, disse-lhes: «Se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Na verdade, quem quiser salvar a sua vida, há-de perdê-la; mas, quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho, há-de salvá-la. Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida? Ou que pode o homem dar em troca da sua vida? Pois quem se envergonhar de mim e das minhas palavras entre esta geração adúltera e pecadora, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai, com os santos anjos.» Disse-lhes também: «Em verdade vos digo que alguns dos aqui presentes não experimentarão a morte sem terem visto o Reino de Deus chegar em todo o seu poder.»

Comentário ao Evangelho do Dia feito por :

São Leão Magno (? – c. 461), Papa e Doutor da Igreja
8ª Homilia sobre a Paixão

«Tome a sua cruz e siga-Me»

O Senhor foi entregue aos que O odeiam. Para insultar a sua dignidade real, obrigam-No a transportar Ele próprio o instrumento do Seu suplício. Assim se cumpria o oráculo do profeta Isaías: «Ele recebeu sobre os Seus ombros a insígnia do poder» (Is 9,5). Transportar assim a cruz, aquela cruz que Ele iria transformar em ceptro da Sua força, era certamente, aos olhos dos ímpios, um grande motivo de zombaria, mas para os fiéis foi um mistério espantoso: o glorioso vencedor do demónio, o todo-poderoso adversário das forças do mal, exibia aos Seus ombros, para adoração de todos os povos e com uma paciência invencível, o troféu da Sua vitória, o sinal da salvação. E através da imagem que Ele dá com este gesto, dir-se-ia que queria fortalecer todos aqueles que O imitarão, todos aqueles a quem dissera: «Aquele que não toma a sua cruz e não Me segue não é digno de Mim» (Mt 10,30).

Como a multidão acompanhasse Jesus até ao local do suplício, encontraram um certo Simão de Cirene e fizeram passar a cruz dos ombros do Senhor para os seus. Este gesto prefigurava a fé das nações, para quem a cruz de Cristo iria tornar-se, não um opróbrio, mas uma glória.

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